Se estivéssemos em uma sociedade livre que, por força das circunstâncias, tivesse que viver dos recursos locais, nossa primeira obrigação seria identifi car os recursos renováveis (que são limi-tados) e pensar a melhor forma de aproveitá-los. Nessa sociedade a Permacultura seria mo-tivo de estudo nos currículos escolares no ensino primário, intermediário e superior. Sempre há pessoas que querem conhecer mais, elas poderiam realizar estudos mais profundos sobre a interação entre a coletividade humana, o meio ambiente local e o sistema global; isso seria feito em centros de estudos regionais. Nesse caso, elas teriam que se adentrar no estudo das diversas disciplinas que compõem o campo de conhecimento que a Permacultura integra.
A Permacultura é uma ferramenta que permite olhar a paisagem e descobrir os recursos que a natureza oferece para poder planejar e organizar seu uso coletivo. Ela permite visualizar as interações entre os distintos componentes da unidade produtiva rural e reconhecer a função específi ca de cada componente. No momento ela ainda informa pouco sobre as possibilidades de interação da unidade rural com o meio externo, mas pode evoluir para fazer corretamente essa análise.
No futuro, a Permacultura será estudada por todas as pessoas que atuarão no sistema campo--cidade, para entender o funcionamento do ecossistema, da produção, do consumo, do reúso e da reciclagem local e regional. Ela fará parte do cotidiano das pessoas, que poderão estar nas comunidades rurais ecológicas ou nas pequenas cidades. Todas elas estariam contribuindo no processo integrado de produção e consumo realizando atividades compatíveis com sua es-trutura física e mental. E todas as pessoas estariam integradas entre si, estabelecendo relações transparentes e equilibradas. Essa relação de convívio se daria também com os outros seres da natureza. Essa organização humana terá como compromisso recuperar o meio ambiente para mitigar as mudanças climáticas e fornecer oportunidades de trabalho de boa qualidade a uma população que estaria migrando das cidades para o campo, no mundo inteiro.
As comunidades ecológicas não podem depender de insumos externos nem do trabalho exter-no, nem do planejamento externo. A comunidade local deve ser a responsável pelo desenho do sistema de produção, da estocagem, do consumo e das trocas com o exterior.
Cabe à organização local estudar e decidir sobre o que deve ser feito para recuperar o meio ambiente e obter dele alimentos, energia, água, serviços ambientais e moradia. Trata-se de um modelo muito diferente da realidade econômica atual, cujos sistemas de produção são organi-zados e administrados desde fora para atender expectativas de consumo de fora.
Devemos lembrar que a Permacultura nasceu de um estudo sobre as culturas humanas que conseguiram permanecer por longo tempo sem destruir seu meio em diversos lugares e períodos da História da Humanidade. E se percebeu que a harmonia com a natureza depende de uma visão fi losófi ca na qual o convívio entre as pessoas e com a natureza é o maior valor. Esse paradigma se traduz em sistemas nos quais o consumo se ajusta à capacidade de suporte renovável e se preservam espaços de mata nativa para possibilitar a absorção do impacto ambiental e a regeneração do meio produtivo.
Hoje vingam os sistemas orientados ao crescimento industrial que acumulam a riqueza nos setores que possuem maior poder econômico (e militar). O mundo é dominado por uma vi-são econômica falsa. A ciência econômica predominante ignora a contribuição dos recursos renováveis, desconsidera as externalidades (os custos dos impactos sociais e ambientais), não contabiliza o subsídio energético do petróleo à economia industrial e oculta o fenômeno do pico de extração do petróleo e seu impacto nas mudanças climáticas.
A visão real do mundo pode ser revelada às pessoas e à sociedade por meio do estudo da Ecolo-gia de Sistemas, ciência que foi desenvolvida nas últimas cinco décadas do século passado pelos cientistas Eugene e Howard Odum, ambos citados nos livros de Permacultura como leituras básicas.
Além disso, novas formas de ver e interpretar a realidade foram descobertas nas técnicas agríco-las ecológicas de comunidades integradas a seu meio ambiente que ainda existem no mundo ou, quando essas comunidades não existem mais, através de relatos históricos.
No ambiente hostil do mundo moderno proliferam novas idéias sobre como sair desse sistema e desenvolver outro que realmente ofereça possibilidades aos bilhões de pessoas que perderão sua principal base de sustentação nas próximas décadas (o petróleo).
As pessoas deveriam se preocupar muito com a forma de pensar e atuar dos governos, pois as políticas que eles adotam até hoje somente têm como referência o paradigma do crescimento econômico no marco da globalização capitalista.
Ainda que a maioria das pessoas aceite sem discutir o modelo atual de uso dos recursos da Terra, muitas já perceberam que seguir na linha do crescimento signifi ca continuar a destruição do ambiente, degradar mais ainda o regime climático da biosfera e excluir a população local nas zonas de crescimento do sistema global.
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Perante essa perspectiva existem dois caminhos para a sociedade consciente do problema, esses caminhos podem ser trilhados de forma independente ou convergente, eles seriam:
1. Atuar no decrescimento do sistema global, por meio da educação ecológica crítica e pro-movendo a adoção da visão ecológica nas cidades, nas indústrias e nos sistemas adminis-trativos e fi nanceiros convencionais. Trata-se de um processo que pode ser denominado Transição para Cidades Sustentáveis e é uma estratégia considerada de cima para baixo (“Top-down”).
2. Atuar na transição rápida ao patamar de sustentação renovável do planeta por meio do de-senho, discussão e implantação de novos modelos de produção e consumo de tipo comu-nitário, autossufi cientes, sustentáveis e descentralizados. Trata-se de um processo de inova-ção e geração de Sistemas Produtivos Rurais Sustentáveis e é uma estratégia de baixo para cima (“Bott om-up”).
Existem várias instituições sociais (ONGs, movimentos mundiais, grupos de pesquisa e exten-são) atuando nesses dois caminhos. O movimento das comunidades rurais da Permacultura se enquadra no segundo deles. O estudo da Permacultura permite um grande avanço para aqueles que têm acesso a recursos rurais de forma coletiva, de forma independente do governo e das empresas, para desenvolver sistemas que antecipam o futuro e ajudam a sociedade a rever o projeto cultural da civilização atual.
A tradução do livro de David Holmgren ocorre em boa hora. A leitura desse livro vai trazer mui-tas idéias inspiradoras para aqueles que estão trabalhando no segundo caminho e são solidários com aqueles que trilham o primeiro caminho.
Enrique Ortega
Laboratório de Engenharia Ecológica
UNICAMP
prefácio da edição brasileira
Ao ser convidado para escrever o prefácio deste livro, de autoria de David Holmgren, para a edi-ção em português no Brasil, sem pestanejar aceitei, mesmo sem fazer parte ofi cialmente dessa área de conhecimento. Primeiro, por aceitar inteiramente os conceitos e princípios éticos dessa linha de pesquisa e de vida e, segundo, por constatar que os pesquisadores que têm se dedicado à permacultura seguem uma forma de trabalho muito similar à que venho tentando desenvol-ver nessas últimas décadas. Por outro lado, bons livros visando consolidar uma fi losofi a de pes-quisa e de trabalho no campo, que busca melhorar a produção dos agricultores familiares em suas lavouras, produzindo um alimento mais saudável, protegendo a biodiversidade e sendo menos agressiva ao ambiente, são sempre muito bem-vindos.
Aliás, tem sido assim a minha trajetória de pesquisador e professor na universidade nesses 30 anos de trabalho. Alunos e pesquisadores ex-alunos têm me presenteado com retornos inte-lectuais prazerosos, fazendo com que eu veja novos caminhos na pesquisa e na vida. Assim, de pesquisador em biodiversidade das fl orestas tropicais, a partir da estrutura genética de suas populações naturais, me vi aplicando todo esse conhecimento básico na construção de agroe-cossistemas equilibrados e sustentáveis aos pequenos agricultores. Foi assim com os Sistemas Agrofl orestais, quando alunos adeptos dessa técnica vieram me convidar para ser o orientador de um Grupo de SAF da ESALQ, lá atrás, na década de 90. Agora de novo, com a Permacultura, meus alunos me ajudam nessa contínua evolução na carreira.
Quando comecei a ler os resumos dos capítulos do livro a mim enviados, vi que não me en-ganara ao aceitar a escrever e colaborar com a publicação desse livro. Já no início da leitura, começando com a ética e princípios focados no campo crítico do manejo da terra e da natureza, já começava a perceber que esse enfoque plural e abrangente vinha soando como música, que se encaixava, e complementava, ao que venho atuando em nossa pesquisa e ação. Ao ler os princípios éticos e de design da Flor da Permacultura, como o autor chama, com todos os seus detalhes de técnicas e ações, vi reforçada a minha percepção de que a permacultura não me era desconhecida, e a de que o livro merecia mesmo ser publicado em português no Brasil. Assim, agradeço muito a honra por ter sido convidado a escrever este texto.
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O livro enfatiza também a importância de uma rede difundindo as propostas da permacultura em todos os países, tendo em vista que o avanço das tecnologias ditas do agronegócio, voltadas exclusivamente ao lucro rápido por grandes capitais, tenha sido uma força atropeladora, trato-rando as tecnologias apropriadas e voltadas à agricultura familiar. Na continuidade da chama-da revolução verde, os extensos monocultivos sem agricultores, com a aplicação maciça e em grande escala de agrotóxicos, contaminando os alimentos e envenenando os agricultores, nos faz rever essa dita alta tecnologia, principalmente para o agricultor familiar de pouco capital e terra. Para completar esse rumo tomado, vemos a forma brutal com que as grandes commodities venham sendo absorvidas pelas culturas transgênicas, não respeitando o princípio da precau-ção, contaminando os agricultores vizinhos, sem a realização de análise de riscos e usando a força econômica para aprovar comercialmente os OGMs ainda não comprovados quanto à sua biossegurança em relação ao meio ambiente e à saúde humana e animal.
Ao discorrer sobre os 12 princípios éticos e de design da permacultura, o autor esclarece e fun-damenta bem suas propostas de desenvolvimento sustentável para atender as necessidades hu-manas, dentro de limites ecológicos. As regras são claras e orientadoras visando abrir portas de entrada no labirinto do pensamento sistêmico. Os primeiros seis princípios consideram os sistemas de produção sob uma perspectiva de baixo para cima dos elementos, organismos e pessoas. Os demais seis enfatizam a perspectiva de cima para baixo dos padrões e relações que tendem a emergir por meio da auto-organização e coevolução dos ecossistemas.
Dessa forma, quero apontar que toda essa discussão abordada no livro em questão, tão apro-priada aos produtores rurais, principalmente aos familiares de baixo poder aquisitivo, merece maior destaque em um compêndio tal como está sendo proposto neste livro, de autoria de Da-vid Holmgren. Recomendo, portanto, essa publicação aos alunos de graduação, pós-graduan-dos e pesquisadores das áreas de Biologia, Ecologia, Engenharias Agronômica e Florestal, assim como aos profi ssionais que se preocupam com o desenvolvimento rural sustentável.
Paulo Kageyama
Professor Titular da ESALQ
USP
PREFÁCIO da Edição Australiana
Se os “Princípios de Permacultura” que David Holmgren discute neste livro extremamente importante fossem aplicados a tudo o que fazemos, com certeza estaríamos no caminho da sustentabilidade e mais além. E ainda estaríamos livres dos sentimentos furtivos de culpa que a maioria de nós sente ao refl etir sobre o que hoje estamos deixando de herança para as gerações futuras.
Permacultura diz respeito a valores e visões, a designs e sistemas de manejo baseados em com-preensão holística, especialmente em nosso conhecimento e nossa sabedoria bioecológicos e psicossociais. Particularmente, diz respeito a nossas relações com sistemas de manejo de recursos naturais, e ao seu design e redesign, de modo que eles possam sustentar a saúde e o bem-estar de todas as gerações presentes e futuras. O que é particularmente intrigante é que enquanto todos os engenheiros – pessoas que trabalham basicamente com materiais não vi-vos – aprendem sobre princípios de design, quase todos os profi ssionais que trabalham com sistemas vivos podem ainda se formar sem jamais discutir princípios de design, quanto mais ter uma disciplina voltada para essa competência crítica. É a persistente falta de reconhecimento da importância do design, da importância das relações mutualísticas e da alta biodiversidade dos ecossistemas sustentáveis e da necessidade de se projetar ecossistemas manejados com base nessa compreensão, a responsável por tantos problemas que enfrentamos hoje no manejo dos recursos naturais.
A permacultura pode ser descrita em um amplo espectro de modos complementares. É a ex-pressão de um próximo passo na evolução do manejo de recursos naturais, particularmente no que se refere à agricultura, em grande parte ainda empacada em um estágio evolucionário mui-to atrasado, caracterizado por designs tristemente simplórios, baseados em especialização, mo-nocultivos e rotações simples. Esses designs, os problemas que eles acarretam e as soluções des-trutivas normalmente usadas para resolvê-los, levaram a perdas de solo fértil, da capacidade de retenção de umidade, da fertilidade, da produtividade, da resiliência, de habitats da fauna nativa, da biodiversidade, incluindo organismos de controle natural e da base genética da qual o siste-ma depende. Para um permacultor, a dependência cada vez maior da agricultura de recursos
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externos para compensar essa progressiva degradação da sua base de recursos e a necessidade de controlar pragas e doenças, seu equilíbrio energético cada vez mais negativo e seu crescente problema de geração de resíduos e impactos ambientais são todos obviamente previsíveis. A situação é particularmente perturbadora porque ela pode ser evitada com a aplicação dos “Prin-cípios de Permacultura” delineados nas páginas a seguir. Em vez de continuamente desperdiçar experiência, tempo, energia e recursos em esforços para resolver tais problemas na “ponta fi nal” do sistema, a permacultura nos permite evitá-los e minimizá-los por meio do foco em iniciativas criativas de design e redesign na “ponta inicial”. Minha experiência particular nesse sentido tem se focalizado principalmente no controle de pragas e no manejo do solo.
A permacultura também refl ete a contínua evolução dos nossos sistemas de conhecimento, atualmente desafi ados por pós-modernistas e pós-estruturalistas, feministas e ecofeministas, ecologistas sociais, ecologistas profundos e ecopsicólogos, além daqueles interessados em ho-lismo, senso de lugar, sustentabilidade, comunalismo, espiritualidade e sistemas primitivos de conhecimento.
Muitos fatores contribuíram para o desenvolvimento da permacultura. Entre eles se destacam:
• a sincronicidade e a colaboração entre diferentes (a associação ao acaso entre David Holmgren – o homem modesto, refl exivo, detalhista, estudioso e que vai até o fi nal, e Bill Mollison – o homem polêmico das ideias incríveis com personalidade pública);
• a visão da permacultura como um movimento internacional;
• o requisito de que instrutores tenham treinamento extenso e experiência de campo e que mantenham uma prática contínua para dar cursos; e
• a integração de princípios éticos e de design em todos os aspectos da teoria e da prática.
Essa qualidade abrangente, e suas pesadas exigências associadas no processo de planejamento e ação holística, tem sido também uma grande barreira para muitos que poderiam se benefi ciar da permacultura. Assim como a maior parte das pessoas tende a optar por uma aspirina em vez de colocar sua vida em ordem, a maior parte dos agricultores e fazendeiros permanece na dependência dos insumos químicos para “curar a dor de cabeça” nos seus sistemas de produção mal projetados e mal manejados. No entanto, aqueles que atravessam essa barreira e encontram soluções de design permanentes para problemas – que só precisam ser descobertas uma vez – não querem voltar mais para a dependência, a inefi ciência e a ilusão das “soluções mágicas”.
Com base em sua extensa experiência, David Holmgren apresenta nos capítulos que seguem um relato sistemático e bem documentado dos princípios fundamentais para o desenvolvi-
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mento da competência intelectual para a prática da permacultura. Isso deve estar associado com a experiência de campo paralela. Idealmente, pode incluir o trabalho de um aprendiz com um mentor, como David, juntamente com oportunidades para experimentação livre e corajo-samente solitária, sem supervisão. Esse último trabalho deveria focalizar o que chamo de “pe-quenas iniciativas signifi cativas que você pode garantir que vai levar até o fi nal”. Tais iniciativas minimizam as chances de impactos negativos de projetos inapropriados e sentimentos de frus-tração por falhas na continuidade de megaprojetos.
Como um pensador holográfi co – aberto à ideia de que qualquer coisa que alguém observa em qualquer lugar provavelmente possui expressões paralelas em outro lugar – sou levado a ir além dos limites usuais que são colocados em volta da permacultura. De fato, quando vivi na América do Norte, ministrei ofi cinas para permacultores chamadas “Permacultura da Pai-sagem Interior”. Fiz isso ao observar que muitos desses designers fi cavam limitados, não por seu conhecimento de sistemas externos, mas pelos seus infortúnios e a necessidade de “curar e replanejar” seus sistemas interiores. Do mesmo modo, encorajo você a tentar aplicar estes Princípios de Permacultura a qualquer área que possa ser benefi ciada por essa teoria e prática de design holístico. Áreas que me vêm imediatamente à mente incluem assentamentos humanos e empreendimentos comerciais, sistemas políticos e econômicos e o campo da saúde, além de ambientes de criação e educação infantil.
Esta é a mais avançada apresentação dos conceitos de permacultura de que tenho ciência. Os 12 princípios foram exaustivamente testados, não apenas pelo autor, que é o cofundador da permacultura, mas também por milhares de permacultores mundo afora.
Se a permacultura é nova para você, este volume será uma excelente introdução a essa aborda-gem holística para o design da paisagem. Se for um veterano praticante ou professor de perma-cultura, é provável que este livro seja o que você estava esperando – para desafi ar e afi ar suas ideias, e para fi gurar como texto-base nos seus cursos de permacultura. Espero que você aprecie tanto quanto eu a leitura e a consulta desta obra tão valiosa.
Professor Stuart B. Hill
Cátedra de Ecologia Social
Universidade de Western Sidney NSW, Austrália
Princípios de Design em Permacultura
Observe e interaja A beleza está nos olhos de quem vê
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Capte e armazene energia
Produza feno enquanto faz sol
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Obtenha um rendimento
Saco vazio não para em pé
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Aplique a autorregulação e aceite feedback
Os pecados dos pais recaem sobre os fi lhos até a sétima geração
4
Use e valorize recursos e serviços renováveis Deixe a natureza seguir seu próprio curso
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Evite o desperdício
Melhor prevenir que remediar
Quem poupa sempre tem
Projete dos padrões aos detalhes Não tome o todo pelas partes
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Integre em vez de segregar A união faz a força
8
Use soluções pequenas e lentas
Quanto maior o tamanho, mais dura a queda
Devagar e sempre se vai ao longe
9
Use e valorize a diversidade
Não ponha todos os seus ovos em uma única cesta
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Use os limites e valorize o marginal
Não pense que você está no caminho certo só porque todo mundo segue por ele
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Use e responda à mudança com criatividade
Ter visão não é ver as coisas como elas são hoje, mas como elas serão
